Responsável pela coleta de 1,5 milhão de
assinaturas que resultou no projeto de lei da Ficha Limpa, depois aprovado pelo
Congresso Nacional, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) disse
que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), em Brasília, de considerar
válida a legislação “será um presente à sociedade brasileira”.
O
trabalho de coleta de assinaturas contou com o apoio de movimentos de combate à
corrupção. De acordo com o presidente da CNBB, dom Raymundo Damasceno, a
aprovação da lei “não deverá resolver todo o problema da corrupção, mas
facilita a melhor escolha de políticos, mais preparados e qualificados”.
As declarações foram por ocasião da reunião mensal
do Conselho Episcopal Pastoral (Consep), na capital federal. Para o
secretário-geral da CNBB, dom Leonardo Steiner, a decisão “preservou a função
do conselho”.
Os
integrantes do Consep também discutiram sobre a situação dos índios
guaranis-kaiowás, do município de Coronel Sapucaia (MS). De acordo com dom
Leonardo, os índios “estão despojados de suas terras” e em uma situação de
desamparo, submetidos à violência, pela falta de andamento dos processos
tradicionais de demarcação de terras e a ausência de políticas públicas em seu
favor.
O
Povo
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