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domingo, 1 de maio de 2016

Obcecada pelo ‘golpe’, Dilma não gere o Estado

Desde que iniciou o seu segundo mandato, Dilma Rousseff persegue dois objetivos estratégicos: não cair e manter acesa a ilusão de que preside. Fracassou. Sua queda está programada para daqui a dez dias. E a simbologia do poder escorre na direção do gabinete do vice-presidente Michel Temer. Acéfalo, o governo do PT virou uma espécie de latifúndio improdutivo que o PMDB ocupa.
A caminho do cadafalso montado no plenário do Senado, Dilma anda tão ocupada em compor o enredo do “golpe” que já não lhe sobra tempo para presidir o Estado. Sua agenda está 100% dedicada ao esforço para grudar nos partidários do impeachment a pecha de “golpistas”. Ironicamente, a maioria dos usurpadores é composta de silvérios que Dilma chamava de “aliados” até ontem.
Convertido em advogado de Dilma em tempo integral, o ministro José Eduardo Cardozo (Advogacia-Geral da União) ecoou o discurso de sua chefe na comissão de impeachment do Senado. Irônico, o senador Cristovam Buarque (PPS-DF) disse que Cardozo não deveria falar em “golpe”. Sob pena de passar por ridículo, já que os golpistas estavam ali, de cara limpa, para testemunhar o exercício do direito de defesa da presidente, num processo regulado pelo STF. Tudo transmitido ao vivo pela tevê. (Josias de Souza)

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